1) Redes digitais e Pandemia Covid-19
Este eixo temático pretende reunir trabalhos sobre o uso das redes digitais no contexto da pandemia da Covid-19. Premidos pela impossibilidade do convívio físico, a participação de parcela da população nas redes digitais passou a tratar o tema da pandemia nesses espaços. As mídias sociais populares – Instagram, Facebook, WhatsApp, Twitter, etc – trazem em seus conteúdos produzidos pelos usuários um recorte dedicado ao tema em várias linguagens e humores. Do mesmo modo, redes institucionais e coletivos organizados voltados à Saúde, Educação, Economia e outras – a princípio voltadas à garantia dos direitos de cidadãs e cidadãos – estão presentes na avaliação, discussão e proposição de políticas para a superação deste grave momento. Questões em torno de como o digital foi utilizado, que estratégias e práticas de socialização foram produzidas, que efeitos e experiências foram vivenciadas e como todo esse processo de intensificação da vida mediada pelo digital nos impacta são questões de debate e reflexão na proposta do eixo.
Coordenadores(as):
- Teresa Mary Pires de Castro Melo - PPGECH/UFSCar;
- Dalton Lopes Martins (UnB) - PPGECH/UFSCar;
- Márcio Antônio Gatti - PPGECH/UFSCar.
2) Participação Social na Gestão Ambiental
Neste eixo serão discutidos os papéis da participação popular, da sociedade civil e dos movimentos sociais nos processos de gestão e controle dos recursos naturais no contexto de Direitos Humanos básicos.
Coordenadores(as):
- André Cordeiro Alves dos Santos - PPGECH/UFSCar;
- Mariana Faiad Batista Alves - PPGECH/UFSCar.
O desenvolvimento do capitalismo e de suas tecnologias assim como a política neoliberal assumem características que ultrapassam a mera política econômica, enraizando-se na sociedade enquanto uma lógica que penetra em todas as relações sociais e em todas as esferas da vida, com implicações na democracia contemporânea e nos direitos e condições humanas. Tal política econômica produz, em níveis sempre mais elevados, corpos, sujeitos e trabalhadores pautados pela precariedade e pelas vulnerabilidades abissais e comprometimentos perversos para com o próprio funcionamento democrático das sociedades. Nesse sentido, movimentos de denúncia e luta por direitos pelos sujeitos de discursos, que vivem na fronteira da linha abissal, exigem articulações da sociedade em busca de um comum democrático e solidário para os 99% e sua diversidade de narrativas. Este eixo pretende reunir trabalhos comprometidos com o debate público em torno destas questões.
Coordenadores(as):
- Kelen Cristina Leite - PPGECH/UFSCar;
- Vanda Aparecida da Silva - PPGECH/UFSCar;
- Geraldo Tadeu Souza - PPGECH/UFSCar.
4) Educação e Saúde no Campo das Relações Étnico-Raciais
O racismo, racismo institucional e as desigualdades étnico-raciais como determinantes sociais das condições de vida da população, nos tempos recentes se tornaram ainda mais evidentes, ganharam os noticiários e se configuraram como pauta emergente nas pesquisas. Estudos nas áreas de educação e da saúde coletiva apontam como uma solução a inclusão de temas sobre racismo, antirracismo, saúde da população negra dentre outros nos processos formativos de seus profissionais. O eixo pretende discutir pesquisas relacionadas a pedagogia(s) antirracistas, desigualdades sociais, raciais e étnicas, formação profissional na área da saúde e da educação, implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais (DCN ERER) e/ou da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN), e outros temas que, de forma interdisciplinar, dialoguem com conhecimentos, experiências e práticas transformadoras que visem uma sociedade mais justa, democrática em que todas as pessoas tenham direito de respirar.
Coordenadores(as):
- Rosana Batista Monteiro - docente permanente do PPGECH/UFSCar;
- Luis Eduardo Batista - Coordenador do GT Racismo e Saúde/ABRASCO; Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.
5) Educação e desigualdades em tempos pandêmicos
A emergência da pandemia do novo coronavírus teve significativos efeitos no campo da educação, seja na educação básica, seja na educação superior. No entanto, esses efeitos não são os mesmos quando consideramos diferenças e desigualdades em termos geracionais, de nível socioeconômico, gênero, étnico raciais e de local de moradia. Nessa sessão temática espera-se receber trabalhos que focalizem experiências de viver a pandemia entre estudantes, docentes e demais servidores de escolas e de universidades considerando a intersecção dessas desigualdades.
Coordenadoras:
- Maria Carla Corrochano - PPGECH/UFSCar;
- Luciana Cristina Salvatti Coutinho - PPGECH/UFSCar.
Este Eixo Temático (ET) pretende reunir estudos, relatos de pesquisa e/ou atividades de extensão universitária que tragam discussões sobre os movimentos sociais, ativismos e a(r)tivismos, arte e cultura popular nos estudos de gênero, feminismos e LGBTQI+. A ênfase deve ser nas análises das memórias, violências e resistências de corpos subalternizados que estão presentes nas cenas urbanas, nas diferentes mídias e redes sociais e na família e educação, trazendo o contexto atual de ascensão da extrema direita e de seu conservadorismo político-religioso, bem como da atual pandemia de COVID-19. Recomendamos a submissão de trabalhos, tanto teóricos quanto empíricos, que abordem os seguintes temas: mulheres e feminismos; masculinidades; bissexualidades, lesbianidades; transgeneridades, travestilidades e não-binariedade; intersecções entre diferentes movimentos sociais e as categorias analíticas das diferenças, tais como raça, sexualidades, classe, gênero e idade, dentre outras; saúde mental e feminismos; e discursos e experiências de diferentes a(r)tivismos, artes e culturas populares.
Coordenadoras:
- Viviane Melo de Mendonça - PPGECH/UFSCar;
- Josefina de Fátima Tranquilin Silva - Associação Ritmos de Pensamento;
- Adriana Rosmaninho Caldeira de Oliveira - PPGECH/UFSCar.
7) Sujeitos em trânsitos: rearranjos territoriais nas fronteiras do rural-urbano
As fronteiras e trânsitos entre as territorialidades rurais e urbanas definem mundos em constante interface de contatos e potência de transformação, cujas relações entre os sujeitos diversos vão desde a complementariedade ao conflito. Assim sendo, e tomando por lócus os espaços periféricos das cidades, esse eixo temático se oferece para reflexão e análise de realidades na confluência de fluxos dos sujeitos no ir e vir, entre o rural e o urbano. Qual, ou quais, direção(ões) os rearranjos territoriais apontam para as possibilidades de outros mundos possíveis? Podemos seguir algumas pistas teórico-metodológicas diante de retratos de uma paisagem híbrida e sujeitos complexos em suas trajetórias campo-cidade e vice-versa, cujos territórios de existência e (re)existência emergem na/da fronteira. Qual a potência de transformação real e simbólica dessas configurações que se desenham nos espaços intermediários, zonas de contato e encontros dos mais diversos sujeitos em trânsito? São territórios de fluxos das populações vulnerabilizadas, expropriadas, quilombolas, ribeirinhas, indígenas, organizações comunitárias de mulheres, trabalhadores(as) sem terra ou teto, num universo complexo dos grupos sociais subalternizados em busca de um lugar no mundo.
Coordenadoras:
- Rosalina Burgos - PPGECH/UFSCar;
- Vanda Aparecida da Silva - PPGECH/UFSCar.